Você sabia que, no último trimestre de 2023, o fenômeno El Niño causou temperaturas sem precedentes e chuvas irregulares no Brasil? Essas mudanças climáticas afetaram muito o crescimento e a qualidade dos grãos de café. É essencial entender essas consequências para manter a sustentabilidade na produção de café.
A região Sul de Minas Gerais foi uma das áreas que sofreu com as altas temperaturas. Isso ocorreu mesmo depois de o efeito do El Niño ter diminuído, em 2024.
O Cerrado registrou baixo volume de chuvas e altas temperaturas. No começo de 2024, as chuvas na região estavam 30% abaixo do normal, o que preocupou os produtores de café conilon em Espírito Santo para a safra de 24/25.
Essas condições climáticas afetaram muito o mercado de café. A falta de chuvas no final de 2023 foi ruim para a produção. Embora reservatórios tenham mantido os níveis de água ao final do ano, as chuvas em janeiro de 2024 ainda seguiram abaixo do normal. Isso aumentou a pressão sobre os produtores de café.
Os produtores de café enfrentam grandes desafios por causa do clima. A falta de chuvas pode reduzir a produção de café da safra 24/25 em várias regiões. Estudos mostram que, se a temperatura subir 2,8 graus até 2050, até 75% das áreas de cultivo de café Arábica não servirão mais.
O café Arábica precisa de temperaturas entre 17 e 21 °C para crescer bem. O mercado de café pode dobrar até 2050, com 25 milhões de pequenos produtores pelo mundo.
Porém, uma doença chamada ferrugem tem causado queda de até 80% na produção. No Brasil, a produção de café Arábica enfrenta competição de pequenos produtores que buscam qualidade.
A criação de novas variedades de café leva de 10 a 20 anos. Ela geralmente é feita clonando tecido, não plantando sementes. Com o aumento da demanda e a mudança no clima, os pequenos produtores são os mais afetados. Até 2050, eles terão dificuldades.
Neste artigo, vamos ver como o clima influencia o cultivo de café. Falaremos dos desafios dos produtores e das estratégias para se adaptar. Vamos explorar juntos a importância de práticas sustentáveis e inovação para o futuro da produção de café de alta qualidade.
Alterações Climáticas e a Produtividade do Cafeeiro Arábica
O cafeeiro arábica é uma planta muito valiosa no mundo. Mas, as mudanças climáticas estão trazendo desafios para ela. Essas mudanças afetam a produtividade e a qualidade do café arábica. Isso ameaça a sustentabilidade dessa cultura.
Relação entre CO2, água e crescimento vegetativo
O dióxido de carbono (CO2) é muito importante para as plantas. Mas, em excesso, causa problemas. O café arábica, por exemplo, cresce mais rápido com mais CO2 na atmosfera. Porém, ele precisa de mais água e diminui a transpiração.
Isso impacta diretamente a quantidade de café que as plantas podem produzir. O estresse causado pela falta de água, junto com o aumento do CO2, faz o café arábica perder qualidade.
Estudos sobre a qualidade dos grãos e expressão gênica nas plantas
As mudanças climáticas não afetam só o crescimento do café. Também mudam a qualidade dos grãos. Essa qualidade inclui sabor, aroma e acidez. A ciência investiga como as mudanças climáticas afetam a expressão dos genes do café.
Com o clima mudando, as substâncias que dão sabor e aroma ao café podem ser alteradas. As condições do ambiente mudam a composição química dos grãos. E isso muda a qualidade da bebida que fazemos com os grãos do café.
É essencial entender essas mudanças. Assim, podemos criar formas de adaptar nosso cultivo. Desta forma, podemos enfrentar os desafios das mudanças no clima e manter a qualidade do café.
Tabela
Estatísticas | Dados |
---|---|
Aumento das temperaturas nos municípios produtores de café desde 2010 durante o período de floração | 1,2°C |
Projeções indicam mais dias de temperaturas extremas (acima de 34°C) até 2050 durante a floração do café arábica | Aumento de até 10 dias por mês |
Estimativa de redução das chuvas em 10% até meados do século no Brasil, o que afetará a produção de café | 10% |
O Brasil poderá perder até 60% das áreas adequadas de cultivo de café até 2050 | 60% |
A Qualidade do Café e os Fatores Ambientais
O café é amado no mundo todo. Sua qualidade vem dos locais onde as plantas crescem. As condições como clima, altura e umidade chegam a mudar o sabor e a acidez do grão. Isso é muito importante para um café bom.
Os grãos arábica têm muitos sabores. Eles vão de chocolate a frutas e especiarias. A acidez deles deixa o café com um gosto vibrante. Esses fatores fazem do café uma bebida cheia de boas sensações.
Saber o tipo de café que vai bem no lugar ajuda. Pesquisas sobre os grãos mostram quais são mais fortes e produtivos. Isso guia os produtores para escolher bem o tipo de café certo para a região.
A forma como se tira e seca o café influencia no sabor final. A torra certa revela os melhores sabores. Mas, se a torra for errada, pode até estragar a bebida.
Não é só o ambiente que importa. As formas de cuidar do café são chave. Como se planta, colhe e processa faz muita diferença na bebida que chega até nós.
Para ter um café bom, o ideal é unir vários lados. Do ambiente ao jeito de cultivar, tudo faz diferença. Sabendo disso, é mais fácil garantir um café saboroso em cada xícara.
Altas Temperaturas e a Formação de Compostos no Café
As altas temperaturas são muito importantes para o sabor e aroma do café. Elas mexem na acidez, aroma e qualidade da bebida. Saber sobre essas temperaturas altas ajuda a entender a cafeicultura diante das mudanças do clima.
Aumentar o CO2 na atmosfera junto com o calor muda o café arábica. Ele muda a quantidade e a qualidade dos compostos que fazem o café ter um cheiro e sabor únicos.
Um experimento importante, o Free-Air Carbon Dioxide Enrichment (FACE), ajuda a entender isso. Ele foi feito na Embrapa e simula um campo de verdade. Assim, vemos como as plantas de café reagem a mais CO2 e calor.
Também é essencial ver como o café arábica lida com o calor e outros problemas. Para isso, existe o projeto CafeFSPM. Ele usa matemática e computadores para mostrar como as plantas e os compostos do café se conectam. Assim, podemos cuidar melhor do café.
Estudar os efeitos do calor e das mudanças no clima no café é crucial. Isso é parte do trabalho para deixar a cafeicultura do Brasil mais forte. Entendendo essas mudanças, buscamos fazer café de qualidade da melhor maneira.
Impactos da Escassez de Água na Cafeicultura
A cafeicultura do Brasil lida com secas. Essas secas estão piorando por causa da mudança climática. A falta de chuva é um grande problema para o cafeeiro.
A falta de água prejudica a formação de flores e frutos nas plantas de café. Sem água nas fases críticas de crescimento, a produção cai. Isso acontece porque as plantas não conseguem produzir flores e frutos de forma adequada.
Os cafés sofrem muito em épocas de seca, especialmente em lugares difíceis para o cultivo. O nível da seca e o momento da vida da planta afetam quanto café será produzido.
A irrigação ajuda a enfrentar a escassez de água. Mas, para alguns, pode ser cara ou impossível por falta de água. Por isso, é importante preparar bem o solo, plantar coisas antes e pensar em árvores no plantio.
Em 2023, o Brasil teve chuvas boas no início, mas secou em setembro. Isso foi ruim porque o café precisa de água para crescer. E sem chuva, a safra do café foi prejudicada.
Quando chove demais, por exemplo, em janeiro, também pode estragar a qualidade do café. Muita chuva impede as raízes de respirarem e os grãos de crescerem direito. E chover muito na colheita faz o café estragar rápido, diminuindo a qualidade.
Administrar bem a água em diferentes épocas é crucial para o bom café. Com um bom cuidado e entendo bem o clima, a produção e a qualidade do café podem ser mantidas, mesmo quando chove demais ou de menos.
Impacto da Escassez de Água na Cafeicultura | Medidas de Adaptação |
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Redução na produção de café | Preparo profundo do solo |
Impacto na floração e frutificação | Uso de culturas de cobertura |
Vulnerabilidade das plantações | Produção arborizada em casos específicos |
Tecnologias e Métodos Avançados na Pesquisa Científica do Café
A investigação do café usa tecnologias modernas. Isso ajuda a ver como o clima muda a lavoura. Com essas ferramentas, podemos entender melhor os efeitos das mudanças climáticas no café.
Aplicações do Free Air Carbon-dioxide Enrichment (FACE)
O FACE é uma ferramenta importante na ciência do café. Ele deixa os cientistas verem como o CO2 afeta as plantas de café. Assim, eles podem estudar o futuro e os efeitos do CO2 na cafeicultura.
Uso de modelos matemáticos e ferramentas computacionais
Além do FACE, a pesquisa usa modelos matemáticos e softwares. Eles ajudam a prever como as mudanças de clima vão afetar a produção de café. Assim, é possível tomar decisões mais acertadas e criar planos melhores.
Essas técnicas avançadas dão aos pesquisadores dicas preciosas. Eles aprendem como o clima muda a lavoura e o que fazer para se adaptar. Assim, conseguem proteger o café de forma sustentável e aumentar a qualidade dos grãos.
Estatísticas Relevantes | Números |
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Mais de 120 expositores e cerca de 34 mil cafeicultores participaram da Femagri | 120 expositores e 34 mil cafeicultores |
A Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé) conta com mais de 17 mil cooperados | 17 mil cooperados |
Mais de 100 questionários foram aplicados e entrevistas realizadas durante a Femagri para avaliar a percepção dos cafeicultores em relação ao risco climático e outros fatores ambientais e socioeconômicos | 100 questionários e entrevistas realizadas |
A pesquisa incluirá análises climatológicas passadas e futuras para compreender o comportamento do clima nas regiões de plantio | Análises climatológicas passadas e futuras |
Previsões Climáticas para o Futuro da Cafeicultura
As previsões mostram que as mudanças no clima afetarão muito o café. Estudos ajudam a entender esses cenários. Eles também procuram soluções para diminuir os danos.
Um estudo recente da Plos One diz que, até 2050, as regiões que hoje plantam café serão menos úteis. Países como América do Sul, Brasil e partes da África e Ásia terão dificuldades para produzir café.
Essas mudanças vão prejudicar países grandes na produção de café, como o Brasil. Se a temperatura subir muito, o Brasil pode perder até 95% de suas plantações. Até 2022, a produção no Brasil já caiu em 7,6%.
Produção de Café por País | Participação na Produção Global |
---|---|
Brasil | 48% |
Vietnã | 17% |
Enfrentar esses desafios é crucial. Será importante usar plantas de café que resistam melhor ao novo clima. Empresas como a Nespresso já estão promovendo a utilização dessas novas plantas.
As mudanças climáticas também afetam outros alimentos. Isso tem causado aumento nos preços do café. Por exemplo, nos EUA, o café ficou 6,3% mais caro no último ano por causa de eventos climáticos no Brasil.
Todos precisam trabalhar juntos. Agricultores, cientistas e organizações devem buscar soluções sustentáveis. Isso ajudará a enfrentar o futuro da cafeicultura diante das mudanças do clima.
O Cultivo de Café e as Mudanças Climáticas Segundo Estudos Recentes
As mudanças climáticas têm afetado muito o cultivo de café recentemente. Estudos mostram que até 2050, menos terras serão boas para plantar café. Isso acontece devido ao clima em mudança. Regiões como a América Central e do Sul, Brasil, África Central e Ocidental, e partes da Ásia, que são bons lugares para plantar café hoje, vão ver o clima piorar.
Grandes países produtores de café, como o Brasil e a Colômbia, vão sofrer com menos áreas adequadas para o cultivo. Com as mudanças climáticas, o local para plantio decente diminui. Isso vai afetar muito a produção e a qualidade do café.
No Brasil, secas e geadas fora de época estão aumentando os preços do café. Nos EUA, o preço do café subiu 6,3% no último ano. Esse valor está abaixo da inflação, mostrando o grande impacto das mudanças climáticas.
O café é mais sensível às mudanças climáticas que outras culturas. Seus problemas com o clima pioram em todo o lugar onde é cultivado.
Pesquisadores estão trabalhando duro para achar soluções para proteger o café das mudanças climáticas. Um dos estudos procurando entender esses impactos é o “CafeFSPM”. Ele olha como os cafeeiros lidam com diferentes quantidades de água e como isso afeta a qualidade do café.
O experimento FACE é outra forma de entender como as mudanças climáticas vão afetar o café. Ele simula o aumento do CO2 no ar, que é um dos efeitos do aquecimento global, para ver o impacto direto nas plantas.
Também há a modelagem 3D para entender melhor a estrutura das folhas dos cafeeiros. Isso ajuda a saber mais sobre como as plantas reagem ao ambiente e como lidam com o clima diferente.
Esses estudos contam com o trabalho de várias instituições do mundo todo. O objetivo é coletar dados importantes para proteger o café e entender o impacto das mudanças climáticas no futuro.
Redução das áreas aptas para café até 2050
A possível transição para a produção de café Robusta
O Impacto das Variações Climáticas na Cafeicultura Brasileira
A cafeicultura brasileira é vital para o país. Mas enfrenta desafios com as variações do clima. Essas mudanças afetam diretamente as áreas de cultivo do café.
Implicações para as Regiões Produtoras Nacionais
As mudanças do clima prejudicam as regiões produtoras de café no Brasil. Até 2050, plantar café será mais difícil. Isso vai acontecer também em países como Vietnã, Indonésia e Colômbia.
A seca e as geadas recentes são exemplos dos problemas climáticos. Tais desastres danificam as plantações. Eles estão levantando os preços do café. Nos EUA, os preços ao consumidor estão subindo, mas devagar.
Dificuldades de Adaptação de Culturas Perenes como o Café
Adaptar o café ao clima em mudança é um desafio. O café arábica, muito cultivado no Brasil, sofre mais. Ele não se dá bem com alterações ambientais.
Uma saída é criar tipos de café que aguentam mais o clima. La empresa Starbucks e outras estão ajudando. Elas estão plantando árvores em lugares chaves para o café.
Outra solução é investir no café Robusta. Ele é mais resistente ao clima. Mas, seu sabor não é tão bom quanto do café Arábica.
A cafeicultura no Brasil luta com os problemas climáticos. Para vencer, é preciso muita pesquisa. E adotar novas maneiras de cultivar café.
Estratégias de Resiliência para Pequenos Cafeicultores
Os pequenos cafeicultores sofrem com a falta de dinheiro e dificuldades técnicas por causa do clima. Isso influencia diretamente a produção de café. Eles têm problemas para atender às exigências dos compradores e para competir nos mercados.
No entanto, várias estratégias podem ajudar nesses problemas:
- Melhoramento e adoção de variedades de café resistentes ao clima: Usar pesquisas e tecnologias cria espécies de café que lidam melhor com mudanças climáticas.
- Práticas agrícolas sustentáveis: Cuidar do solo, usar bem os fertilizantes e gerir a água direito ajuda a enfrentar as mudanças. Assim, a plantação fica mais forte.
- Diversificação de culturas e renda: Plantar mais de um tipo de plantação diminui o risco. Não dependem só do café como ganha pão.
- Capacitação e serviços de extensão: Aprender práticas agrícolas atualizadas ajuda muito. Programas de treinamento são essenciais.
- Intervenções de políticas e apoio financeiro: Os governos devem criar leis e dar ajuda financeira. Isso fortalece os cafeicultores pequenos.
- Ação do consumidor: Certificações de produtos ajudam muito. Escolher os produtos certos apoia o trabalho dos pequenos cafeicultores.
Com várias ações juntas, é possível vencer os desafios do clima. Assim, os pequenos produtores conseguem tornar seu café mais resistente e sustentável. Mantendo a qualidade do café brasileiro a longo prazo.
Estratégias | Descrição |
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Melhoramento e adoção de variedades de café resistentes ao clima | Investir em pesquisas e tecnologias para desenvolver variedades de café mais adaptadas às flutuações climáticas. |
Práticas agrícolas sustentáveis | Implementar técnicas agrícolas sustentáveis para minimizar os impactos das mudanças climáticas. |
Diversificação de culturas e renda | Cultivar outras culturas em conjunto com o café para diversificar a produção e mitigar os riscos climáticos. |
Capacitação e serviços de extensão | Investir em programas de capacitação e serviços de extensão para fornecer conhecimentos atualizados e práticas agrícolas. |
Intervenções de políticas e apoio financeiro | Fornecer políticas e apoio financeiro específicos para os pequenos cafeicultores promover a resiliência e a sustentabilidade. |
Ação do consumidor | Escolher produtos certificados que apoiam a produção de café sustentável e a resiliência dos pequenos cafeicultores. |
O Papel da Genética na Adaptação da Cafeicultura
A cafeicultura enfrenta muitos desafios com o clima em mudança. Ela precisa se adaptar mais. A genética ajuda a encontrar plantas de café que resistam melhor ao tempo ruim.
O Instituto Agronômico (IAC) é importante aqui. Ele fez 90% das variedades de café arábica plantadas no Brasil. Variedades como Mundo Novo e Catuaí são do IAC. Cerca de 90% dos cafezais arábicas do Brasil usam essas plantas. O IAC criou 65 tipos de café arábica. Isso mostra quão sério eles são.
Fazer o mapa do genoma do café foi um avanço enorme. Aprender sobre os 30 mil genes ajuda no melhoramento das plantas. Marcadores moleculares são usados para fazer cafés mais resistentes e de melhor qualidade.
O Consórcio Pesquisa Café ajudou a fazer cinco tipos novos de café. Com a ajuda deles, essas plantas rendem de 30 a 50 sacas por hectare. Isso varia conforme a região.
Outra área importante é o jeito de cuidar dos cafezais e usar novas tecnologias. Colher café com máquinas, por exemplo, diminui os custos de produção. O mesmo acontece com a poda certa das árvores. Plantar o café de uma certa maneira faz com que a colheita seja feita de forma mais fácil.
Juntando genética, bom cuidado e tecnologia, os produtores de café podem lidar com os desafios do clima. Isso significa fazer café de forma sustentável e com qualidade.
Desafios Contemporâneos na Produção de Café de Qualidade
O café de qualidade encontra sérios desafios hoje, por causa do clima e do meio ambiente. Esses problemas podem prejudicar a sustentabilidade e a qualidade do café que consumimos.
Até 2050, haverá menos lugares bons para plantar café. Mudanças no clima estão fazendo reduzir essas áreas no mundo. Elas incluem partes da América, África, e seja asiático.
Com a evolução das mudanças climáticas, menos locais serão bons para cultivar café. Países como Brasil e Vietnã serão muito atingidos. Áreas boas diminuirão e áreas ruins para o café aumentarão até 2050.
Problemas climáticos sérios já estão afetando os preços do café. No Brasil, uma seca e geadas fizeram o café ficar mais caro. Assim, no último ano, o café nos EUA subiu 6,3% em preço.
Além disso, o clima está complicando o plantio de muitos alimentos, incluindo o café. Isso faz com que agricultores tenham mais problemas. E isso ajuda a subir o preço dos alimentos.
Então, achar soluções verdes para produzir café bom é muito importante. A Nespresso no Brasil é um bom exemplo. Eles gastaram mais de US$ 36 milhões para produzir café de forma amigável. Agora, todo seu café no Brasil vem de práticas sustentáveis, com 1.300 fazendas fazendo o mesmo.
Mais da metade do café exportado do Brasil tem certificação de qualidade. E mais de 1300 fazendas no Brasil seguem ideias sustentáveis em suas plantações.
Para ter café bom no futuro, temos que vencer estes desafios. E a união de produtores, instituições e governos é chave. Eles precisam achar caminhos juntos para a cafeicultura continuar forte e saudável.
Sustentabilidade e Práticas de Manejo na Cultura do Café
A sustentabilidade e as práticas de manejo são importantes na cultura do café. Essas ações ajudam a enfrentar as mudanças no clima. A indústria do café deve cuidar para que os pequenos agricultores tenham boas condições de trabalho. Muitas vezes, esses agricultores são afetados pela variação de preços e incertezas econômicas. Por isso, a economia sustentável é tão essencial nesse ramo.
As mudanças climáticas estão causando problemas sérios nas áreas produtoras de café. É crítico adotar práticas de cultivo que não prejudiquem o meio ambiente. Uma forma de ser sustentável é reciclar resíduos do processo do café, como na compostagem ou na geração de energia limpa.
A Plataforma Global do Café (GCP) atua em muitos lugares, com muitos membros da cadeia do café. Eles criaram o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC) com 122 práticas. Estas práticas são divididas em “proibidas”, “prioritárias” e “recomendadas”. O CSC também inclui 18 itens chave para ser mais sustentável, tudo no seu manual.
Produção sustentável é boa para o produtor e sua terra. Ajuda a ter mais sucesso financeiro. A Fazenda Aliança, por exemplo, tem os selos UTZ e Rainforest Alliance. Isso mostra que o café de lá é produzido de forma sustentável e com qualidade.
A Evolução nas Técnicas de Avaliação e Fenotipagem do Cafeeiro
O Coffea tem mais de 100 tipos, com o Coffea arabica L. e o Coffea canephora Pierre como os mais conhecidos. O primeiro gosta de altitude e climas mais frios, enquanto o segundo cresce em vários lugares. A pesquisa melhorou muito o Coffea arabica, tendo varias plantas recomendadas. Elas produzem muito cedo, amadurecem iguais e aguentam a geada. Marcadores genéticos ajudam no cruzamento das plantas, diminuindo o tempo de teste. Isso faz mais ágil a escolha de plantas que a gente quer sem precisar esperar tanto.
Modelagem tridimensional (3D) como ferramenta de pesquisa
A modelagem 3D é vital para entender melhor o cafezal. Os cientistas podem ver cada parte da planta virtualmente. Isso ajuda a estudar como elas crescem e como mudam de acordo com o ambiente ou genes. Assim, aprendemos mais sobre as plantas e melhora a forma de cuidar delas.
Digitalização em 3D e reconstrução da arquitetura foliar
A digitalização 3D mudou como analisamos o cafezal. Ela transforma fotos das plantas em modelos 3D. Assim, podemos ver melhor como são as folhas, o que ajuda a saber mais sobre a planta. Com isso, fica mais fácil comparar tipos diferentes de café e entender como o clima afeta as plantas.
Técnicas de Avaliação e Fenotipagem do Cafeeiro | Vantagens |
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Modelagem tridimensional (3D) | Visualização precisa da arquitetura da planta e sua resposta a diferentes condições ambientais. |
Digitalização em 3D | Análise detalhada da arquitetura foliar, incluindo forma, tamanho e distribuição das folhas. |
Cooperação Internacional e Compartilhamento de Conhecimento sobre Café
O Brasil é líder na produção e exportação de café. Em 2017, este mercado movimentou US$ 5,2 bilhões. Cerca de 300 mil produtores espalhados por 1.900 municípios fazem parte dessa história.
Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia produzem 85% do café arábica brasileiro. Em 2018, foram beneficiadas 59,90 milhões de sacas. O Brasil fica em segundo lugar entre os maiores consumidores, com quase 40% do consumo global.
O enfrentamento das mudanças climáticas e a busca por qualidade e inovação são desafios. A cooperação internacional é chave para superá-los. No Brasil, instituições como o Consórcio Brasileiro de Pesquisa do Café trabalham com mais de 50 parceiros. Juntos, realizam pesquisas e avanços para a produção de café.
O Brasil partilha seu conhecimento com outros produtores de café. Essa ação fortalece a troca de tecnologias e práticas. O objetivo é enfrentar os desafios climáticos e inovar de forma sustentável na produção de café.
Colaboração e Avanços na Cafeicultura Brasileira
A cooperação internacional melhora a qualidade e a sustentabilidade do café. Ela permite estudos conjuntos e intercâmbio de pesquisadores. Assim, o conhecimento é disseminado entre os países produtores, melhorando a cafeicultura mundial.
O Brasil é referência na cafeicultura, com seu ambiente propício para diferentes tipos de café. O reconhecimento internacional chega através de selos de qualidade. Esses selos são mais numerosos no café do que nos vinhos no país.
O Funcafé ajuda a financiar a cafeicultura brasileira. Além de oferecer crédito, financia pesquisas. Essas ações fortalecem a cooperação e o desenvolvimento da cafeicultura de forma sustentável.
Desafios Compartilhados, Soluções em Conjunto
As mudanças climáticas são um desafio para a cafeicultura. Elas impactam o cultivo e a qualidade do café. A cooperação internacional ajuda na troca de conhecimentos e tecnologias. Assim, os produtores aprendem a enfrentar esses desafios juntos.
A troca de conhecimento inclui desde técnicas simples até pesquisas mais elaboradas. Todos esses esforços visam encontrar soluções inovadoras. O objetivo é reduzir os impactos do clima na produção de café.
Em síntese, a cooperação e o compartilhamento de conhecimento são essenciais para a cafeicultura. Eles ajudam os produtores a superar desafios climáticos. Dessa forma, o setor cresce de forma sustentável, atendendo à demanda global.
Portanto as condições do clima são muito importantes para a produção de café. Elas afetam quanto se produz e a qualidade dos grãos.
Com o calor aumentando no mundo, pode ser que 3/4 das terras para o café arábica não seriam boas até 2050. Isso é ruim para cerca de 25 milhões de pequenos fazendeiros que vivem do café arábica.
A necessidade de café no mundo todo deve dobrar até 2050. Por isso, é vital encarar os desafios do clima. Na Guatemala, por exemplo, o fungo ferrugem-do-café reduziu muito a produção de café. Isso aconteceu devido ao clima.
Investir em pesquisa e novas ideias é a chave para o café. Criar novos tipos de café pode demorar, mas já temos 35 tipos experimentais da World Coffee Research. Eles estão começando a dar frutos. É essencial lembrar que para manter a qualidade dessas novas variedades, é preciso cloná-las.
O Brasil enfrenta um grande desafio com as mudanças no clima. Estudos mostram que a produção de café pode cair muito, até 95%, até 2050. Isso teria um grande impacto na economia e nas pessoas. Em 2017, o café movimentou US$ 5 bilhões no Brasil e gerou 8 milhões de empregos.
Além disso, a diminuição das áreas de café também preocupa muito.
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